Perguntas Frequentes  

Os Kakis Espanhóis trazem em cada fruta um rótulo individual com o logotipo da marca “Kaki Espanhol” e a indicação DOP “Kaki Ribera del Xúquer”. O referido logotipo também pode aparecer acompanhado da marca da empresa que o comercializa.

Não. “Kaki Espanhol” é uma denominação que identifica os caquis da DOP “Kaki Ribera del Xúquer”. São crocantes e consumidos como a maçã, além de apresentarem um sabor adocicado e cor laranja. Tanto o Kaki Espanhol quanto o convencional espanhol pertencem à variedade “rojo brillante”. A diferença entre ambos é que o primeiro não possui adstringência, enquanto o segundo possui.

Como já explicamos, a variedade espanhola “rojo brillante” era somente adstringente e tradicionalmente consumida excessivamente madura, com uma consistência macia, gelatinosa, de cor vermelha intensa. O caqui denominado “Kaki Espanhol” pertence à variedade “rojo brillante” e passou pelo processo da retirada de adstringência. Possui polpa firme, cor laranja e é crocante, diferentemente do caqui convencional descrito acima. Dessa forma, o consumidor pode distinguir facilmente entre as duas formas de consumo:

“Convencional”: textura macia e gelatinosa. Possui cor vermelha intensa.

“Kaki Espanhol”: textura firme, crocante. Possui cor laranja.

Não. Em geral, as variedades adstringentes são consumidas quando apresentam consistência macia. O aparecimento de um caqui com polpa crocante e firme levou os consumidores do caqui convencional, ou seja, na sua forma gelatinosa e excessivamente madura, a pensar que se tratava de um cruzamento com outras frutas de polpa firme. O que a maioria das pessoas não sabe é que existem mais de 2.000 variedades de caqui no mundo, que podem ser adstringentes ou não.

Para os consumidores que conhecem apenas o caqui convencional, o aparecimento no mercado de um caqui que se consome com a polpa firme levou-os a pensar que se tratava de um alimento transgênico. Como já explicamos anteriormente, existem milhares de variedades que são consumidas com a polpa firme e crocante. É por isso que o desconhecimento desta fruta tem gerado teorias sobre a sua origem que não condizem com a realidade.

Como explicamos na seção “Variedades de caqui”, os dois tipos de caqui pertencem à mesma variedade, “rojo brillante”. A diferença é que o caqui convencional espanhol possui polpa gelatinosa devido a adstringência, ao passo que o Kaki Espanhol é consumido sempre crocante, pois não possui característica adstringente. Porém, a forma de consumo das outras variedades pode ser diferente, dependendo se são adstringentes ou não. Existem variedades adstringentes das quais a adstringência não pode ser eliminada, por isso são sempre consumidas na sua forma madura e gelatinosa.

A adstringência é uma sensação de desidratação e contração da língua, que causa secura e amargor. A presença de taninos em algumas variedades de caqui é a responsável por esse efeito. A interação dos taninos com as proteínas na superfície da língua causa esse efeito de adstringência. As variedades adstringentes de caqui têm uma quantidade elevada de taninos, que se tornam insolúveis com a super maturação e não são percebidos quando consumidos. No entanto, se comermos essas variedades antes de estarem completamente maduras, os taninos presentes na fruta causam esse efeito, que costuma ser bastante desagradável, mas que desaparece alguns minutos depois.

Os taninos não estão presentes apenas no caqui. Alimentos ou bebidas comuns como o chá, o vinho ou o chocolate também possuem taninos, responsáveis por tornar esses alimentos mais ou menos adstringentes. A diferença em relação ao caqui está simplesmente no fato de que o teor de tanino em uma variedade adstringente, quando não está madura demais, é muito superior ao desses alimentos, o que gera certo estranhamento de sabor.
Alguns chás, que são um tanto adstringentes, não geram tal sensação na língua quando misturados com leite. Isso ocorre porque a proteína do leite se liga ao tanino solúvel, que perde seu poder adstringente e se torna imperceptível.

Outras frutas como mirtilo, romã, marmelo, nêspera, framboesa e uva também possuem taninos, assim como o tomilho e a canela.

A menos que sejam consumidas quantidades anormais, não oferecem nenhum risco. Na verdade, os taninos apresentam inúmeros benefícios:

– fazem bem ao coração;
– sua ação antioxidante ajuda a prevenir doenças degenerativas;
– reduzem o colesterol;
– possuem ação anti-inflamatória;
– reduzem a inflamação da mucosa intestinal, tornando-se um tratamento eficaz contra a diarreia;
– auxiliam na coagulação do sangue, atuando como agente anti-hemorrágico local;
– aliviam os sintomas da hemorroida.

Para eliminar a adstringência, o caqui deve ser armazenado num ambiente livre de oxigênio. Antigamente, no Japão, o processo era realizado com saquê, que quando era adicionado num ambiente fechado com caquis fazia os taninos desaparecerem. A nível comercial, a adstringência é retirada quando os caquis são colocados em câmaras onde o oxigênio é eliminado, seja pela aplicação de etanol (álcool) ou de algum gás, como o dióxido de carbono. A falta de oxigênio nas câmaras torna os taninos insolúveis e imperceptíveis.

Nas variedades adstringentes, as quais só podem ser consumidas quando têm uma consistência muito macia, a comercialização sempre foi complicada, devido à dificuldade de transporte e manutenção em boas condições até chegar à casa do consumidor. No entanto, quando a adstringência é removida, tornam-se frutas fáceis de manusear e transportar. Além disso, para o consumidor, são muito mais simples de consumir e têm uma vida útil mais longa. Para muitos consumidores, o caqui excessivamente maduro pode ser muito doce, enquanto a forma firme e crocante da polpa não é tão doce, razão pela qual é mais popular entre os consumidores.

Completamente seguro, seja com o método de aplicação de etanol ou com o de dióxido de carbono, que é o método mais utilizado atualmente. Estes químicos não afetam e nem estão presentes no caqui quando ele chega ao consumidor. Na verdade, muitos consumidores ainda não sabem que as bolhas presentes nos refrigerantes ou na cerveja são dióxido de carbono.

A variedade “rojo brillante”, sendo uma variedade local, pode ser encontrada na zona de Ribera Alta para consumo próprio. Assim, os donos dessas árvores costumam colher os caquis quando estão firmes e alaranjados e eliminam a adstringência em suas próprias casas. Embora existam várias maneiras de fazer essa extração, a mais simples delas consiste em colocar alguns caquis dentro de um recipiente, adicionar bebida alcoólica num copo ao centro do recipiente, sem permitir o contato entre as frutas e o copo, e vedá-lo. Quando o vapor do álcool é liberado, a adstringência desaparece. Esse processo geralmente leva de 4 a 5 dias, mas caso você note um pouco de adstringência nos caquis, deixe-os no recipiente por mais um dia. É muito importante ter certeza que a variedade é “rojo brillante”, pois em outras variedades adstringentes pode ser praticamente impossível eliminar a adstringência se não for pelo processo de maturação excessiva.

Se você experimentar um caqui com adstringência, notará uma sensação muito forte de secura e amargor na língua que desaparecerá em poucos minutos. Embora praticamente 99% dos caquis vendidos na Espanha atualmente pertençam à variedade “rojo brillante”, cuja adstringência foi retirada, algum caqui que possua adstringência ou que não tenha tido a adstringência removida adequadamente pode ter chegado aos pontos de venda. Nesse caso, o ponto de venda onde o caqui foi adquirido deve ser acionado para que o problema seja corrigido e isso não aconteça com outros consumidores.

No caso das variedades adstringentes, é necessário esperar que amadureçam demais antes que possam ser consumidas. Para acelerar esse processo, pode-se aplicar etileno, o que geralmente é feito em armazéns. Porém, em casa isso pode ser feito colocando os caquis próximos a frutas como maçã ou banana, pois são frutas que liberam etileno e estimulam o amadurecimento excessivo.

O “rojo brillante” se caracteriza pelo seu tamanho maior em comparação com a maioria das variedades: formato oblongo, mais alongado do que largo e parte superior arredondada. Embora a variedade “rojo brillante” seja a mais famosa na Espanha, outras variedades comuns também podem ser encontradas no mercado, como a variedade “Triumph” (comercialmente conhecida como “Sharoni”), que é menor, possui formato achatado e a parte superior mais marcada, quase quadrada.

A colheita do Kaki Espanhol geralmente acontece entre outubro e final de janeiro. Pode variar um pouco dependendo do ano e do clima.

A DOP “Kaki Ribera del Xúquer” assegura que apenas o Kaki Espanhol esteja pronto para consumo, não se estendendo a outros tipos de caqui. O compromisso da Denominação de Origem é garantir que, quando o consumidor encontrar no mercado um caqui da marca “Kaki Espanhol”, seja um caqui de qualidade, que pode ser consumido firme, com polpa crocante e cor laranja, pronto para comer.

Sim, é possível. Caso isso aconteça, exija que o seu vendedor reivindique a rotulagem se o caqui que você deseja for da DOP “Ribera del Xúquer”. Você também pode verificar se é um produto da Denominação de Origem porque a embalagem, em um dos lados, deve ter um rótulo com informações sobre o produto e a origem com os nossos logotipos. Em todo caso, exija a rotulagem da fruta.
Às vezes, os caquis certificados não vêm em caixas, mas são vendidos embalados. Nestes casos, a embalagem deve trazer a identificação da marca “Kaki Espanhol DOP ” Ribera del Xuquer” e o logotipo da Denominação de Origem, já que neste caso a fruta não é rotulada individualmente.

Não, apenas caquis certificados pela DOP “Ribera del Xúquer” podem utilizar esta denominação. Às vezes você encontrará pontos de venda que identificam outros produtos como “Kaki Espanhol” quando não são, além de caixas que apresentam o logotipo “Kaki Espanhol, mas que não pertencem à denominação. “Kaki Espanhol” tornou-se uma referência, por isso muitos procuram se aproveitar deste reconhecimento.

A melhor maneira de conservar o “Kaki Espanhol” (variedade “rojo brillante”) é em temperatura ambiente.

Sim, desde que o objetivo seja preparar uma receita que exija caqui congelado ou utilizá-lo em receitas fora de época. Não congele o caqui com o objetivo de comê-lo muito tempo depois de descongelá-lo, pois assim ele costuma perder um pouco do sabor.

Há ocasiões em que a adstringência não foi eliminada corretamente, de modo que, na primeira mordida, você notará uma sensação de secura, um sabor desagradável e a retração da língua. Tudo passará em alguns minutos, não se preocupe. Descarte o caqui e informe o seu vendedor para que isso não aconteça com outros consumidores.

Embora sejam feitas verificações para garantir que a fruta tenha a adstringência devidamente retirada, pode acontecer de ela não ter sido removida corretamente. Falha nossa

Identificamos o caqui em sua forma habitual de consumo como caqui “convencional”. Se houver esse nome no rótulo, significa que é consumido tradicionalmente. Se notar que está rotulado com a denominação “Kaki Espanhol”, não tente manipulá-lo como se fosse consumido na sua forma tradicional.

Não é aconselhável, pois não ficará tão bom quanto um caqui que não teve a adstringência removida e ficou maduro demais. Se preferir essa forma de consumo, não compre “Kaki Espanhol”.

Você pode deixar amadurecerem um pouco mais, mas lembre-se que, na hora de comprá-los, eles já estão prontos para comer. Se você esperar que eles amadureçam demais, eles acabam perdendo qualidade.

Às vezes podem aparecer alguns arranhões ou amassados na casca do Kaki Espanhol que o deixam marrom, mas isso não afeta a qualidade nem o sabor da fruta. Como mencionamos, o caqui é muito sensível a choques e manuseio brusco. O escurecimento é uma manifestação desse mau manejo, mas não representa perda de sabor ou qualidade.

Não, embora existam outras variedades e origens de caqui fora deste período, como os caquis da África do Sul ou da América do Sul, bem como variedades que podem chegar depois do “rojo brilhante”. Nós incentivamos os consumidores a experimentá-las. Admiramos os “amantes do caqui” que gostem de consumi-lo continuamente.